90 anos de resiliência...
Existem lugares que resistiram à prova mais difícil que existe: o teste do tempo.
E quando falamos em empreender, esse teste se torna mais duro e implacável.
Porque não é uma prova de velocidade... de 100m rasos... vence quem chega primeiro.
Não.
É uma corrida de revezamento.
Uma ultramaratona incansável.
Que, se der certo, atravessa gerações.
Um trajeto sinuoso, com barreiras, cada uma delas é um obstáculo diferente.
Em muitos momentos do percurso, você está pisando em ovos.
E a cada passagem de bastão para o maratonista seguinte, fica a responsabilidade de
passar um legado.
Nesse teste do tempo, vence quem não desiste.
Sabendo que se não se vence sozinho.
O prêmio final não é uma medalha.
Mas o direito de começar outra maratona.
E como toda corrida começa com um tiro de largada, no caso do Almeida, foram os tiros dos canhões do Forte Itaipu contra um navio da marinha brasileira.
Era a Revolução de 32, o país estava em uma guerra civil.
O Estado de São Paulo lutava pela democracia, contra o governo ditatorial de Getúlio Vargas.
A Leiteria Almeida do Seu Ângelo e dona Felisbela não vendia só leite. Vendia café, pão,
secos e molhados. Era uma espécie de loja de conveniência da época.
Com o tempo, foi ficando conhecida como o Bar dos Motorneiros, porque os condutores de bonde que trabalhavam do outro lado da rua, vinham tomar café e comer os quitutes feitos por Dona Bela.
Foi basicamente essa freguesia que o Sr. Paulo Queija herdou quando comprou o bar em 1950.
Mas ele foi muito além.
Numa época em que as pessoas nem sabiam o que era networking, ele criou uma estratégia de marketing genial: avisou aos taxistas da região que se precisassem de troco, era só passar lá.